segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Agora o problema está no nosso cérebro


Agora o problema está no nosso cérebro




Não falta absolutamente nada para desvendar o enigmático “Código Gay Vinci”. A homossexualidade sempre existiu desde os primórdios da humanidade. A igreja levou muitos gays para a fogueira na Idade Média, Hitler exterminou uma grande quantidade deles e o preconceito amordaçou a liberdade de expressão e o carregou a força até os dias de hoje.


A televisão começou a dizer sobre um estudo em que afirma “o cérebro do homem masculino gay é mais parecido com o de uma mulher heterossexual”. A questão relevante em toda essa pesquisa é chegar à conclusão de que a homossexualidade não é uma opção. Isso é realmente importante? Alguém ainda tem dúvidas quanto a isso? Congratulações para a ciência, pois as descobertas são, sem soma de duvidas, o avanço para a civilização, mas a impressão que nos passa é de que os gays ainda são estudados como ramsters, como seres extra-terrestres ou um fóssil de dinossauro não identificado. Enquanto o mundo não distinguir o sexo de sexualidade a sociedade não colocará um fim nessa questão, de uma vez por todas.


O estudioso Alfred Kinsey retirou a homossexualidade da lista de doenças mentais em 1973 e, além disso, afirmou que ninguém é exclusivamente heterossexual ou homossexual. Há uma intensa variação da sexualidade em todos nós e isso não define se somos mais homens ou mulheres.


Ligando o fato à filosofia chinesa, que fala sobre o princípio da dualidade: Yin Yang (aquele símbolo preto e branco, com dois lados opostos), podemos perceber a variação que sofremos em todos os sentidos. Tudo o que existe na Terra está integrado entre essas duas forças. Yin: passivo, feminino, noturno, escuro, frio; Yang: ativo, masculino, diurno, luminoso, quente e por aí vai. Então isso derruba a lenda de que um gay é exatamente como uma mulher. Um homossexual afeminado não é, necessariamente o passivo da relação sexual. E o ativo nem sempre é o menos sensível. Temos a infelicidade de pensar que somos mais machos ou fêmeas através do nosso órgão genital e a verdade é que todos somos um pouco homens e mulheres, só nos esquecemos de que esses dois conceitos andam lado a lado.


Ninguém quer admitir que um homem pode ser mais sensível que a mulher ou que a mulher pode tomar frente de todas as decisões em casa. Embora, a modernidade tenha mudado muito os conceitos ainda existe um certo machismo e feminismo que se debatem.


A sociedade ainda é muito cruel com quem é diferente. Não tem fundamento querer saber se uma pessoa gosta mais de arroz ou feijão, se ela prefere verde ao amarelo, se sente atração por homens ou mulheres, pois o que fazemos ente quatro paredes não tem nenhuma relação com a nossa integridade, não mesmo.


Seja qual for a conclusão que tiveram sobre o nosso cérebro, a ciência jamais terá acesso aos segredos da homossexualidade. Jamais saberá o que se passa dentro do cérebro de um ser que admite para a própria consciência ser algo que nem ele mesmo imaginava. Não terão idéia do que é amar em silencio durante a juventude porque o “normal” é gostar do sexo oposto até que um dia amadurecemos e percebemos que sexo é uma sutileza que alguém teve a infelicidade de dizer que era pecado e todos passaram a acreditar. E nessa lista de “coisas proibidas” incluíram a homossexualidade sem saber o seu real significado. Os gays antes de gostarem de homens, gostam de pessoas.





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