sexta-feira, 27 de julho de 2018

As voltas que a vida dá e ninguém acredita


  
  
Na noite de hoje, 27 de julho, um poderoso eclipse lunar - o maior do século - vem para dar uma chacoalhada na vida de todos nós. Os intocáveis serão obrigados a sair da zona de conforto e os que esperavam por uma luz na escuridão... chegou o momento de brilhar! A partir de hoje vamos vivenciar a famosa "dança das cadeiras", as voltas que a vida dá e ninguém acredita.  

É normal que nos próximos dias venhamos a sentir as emoções à flor da pele. No sentido positivo, estaremos mais intuitivos, com maior poder de empatia, podendo experimentar uma felicidade gratuita e inexplicável. No sentido oposto, um cansaço maior, impaciência, ansiedade, problemas de autoestima. Há relatos, inclusive, de grandes incidências de suicídio, já que a carga energética será intensa. Mas calma, essas sensações vão perdurar por apenas três dias. 

Quem é dos signos de Leão/ Aquário, Touro/ escorpião, por exemplo, deve ter presenciado uma mudança razoável nos últimos doze meses decorrente do último eclipse solar em 2017. Provavelmente, essas pessoas mudaram de casa, de cidade, de país; de emprego, desenvolveram novas habilidades, tiveram suas vidas financeiras afetadas pra mais ou, pra menos; deletaram alguns hábitos e até pessoas.  

O eclipse lunar de hoje será ainda mais potente e trará mudanças radicais na vida de todos os signos do Zodíaco - sem exceção - para os próximos seis meses. Aquele amor mal resolvido? Tchau. Aquele emprego que você não suporta? Adiós. Aquela amizade que só subtrai? Bye bye. Esse é o grande momento de fazer uma faxina na alma, deixar partir quem não quer ficar e deixar entrar novos amores, aventuras, possibilidades.  

E se você não acredita em Astrologia, tudo bem! Leve em consideração a energia do pensamento, as regras de ação e reação, os altos e baixos do destino, o merecimento espiritual, o desenrolar kármico. Sim, ninguém sai dessa vida sem pagar pelo que fez. 

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Ser o “caxias” que devora livros 14 horas por dia para se tornar num fabuloso profissional de medicina, por exemplo – pode sair muito caro. E não estou falando apenas de cifrão, mas de decisão, das coisas que serão poupadas ao longo desse tempo vislumbrando um futuro promissor: as noites em claro, as tardes de Domingo sem praia, os cinemas que ficarão para outro dia, os amores que serão adiados... 

A garantia? Nenhuma (desculpa, mas é verdade).  

Pode ser que você se transforme num daqueles médicos de novela com um sorriso enigmático e um consultório mais disputado que final de Copa do mundo. Existe, também, a possibilidade de trilhar a carreira de um profissional mediano que cumpre seus plantões e, pronto. Há, inclusive, a fatalidade de você nadar e morrer na praia: ir trabalhar atrás de um balcão vendendo parafusos porque a vida não foi tão generosa, ainda que você tenha trilhado o mesmo caminho que os demais. 

O que pouca gente entende é que o vendedor de parafusos pode tornar-se num médico de novela, e o doutor idolatrado salve salve pode despencar do palanque e parar num armazém - e até entrar em parafuso. Novamente, as voltas que a vida dá e ninguém acredita.  

O bon vivant que leva a vida nas coxas gastando a economia com “viagens desnecessárias”; gozando da juventude com sexo, drogas e rock’n roll; investindo em relacionamentos com mais cama do que mesa e banho... Essa pessoinha, ao que parece, estaria fadada a uma velhice solitária e sem solidez material, não é mesmo? Errou! Ninguém pode assegurar que no meio do percurso ele encontre a sua vocação e transforme esse dom em dígitos na conta bancária. Ninguém é capaz de prever que, numa caminhada inofensiva na praia, ele vai se esbarrar com um grande amor que virá com um império no pacote.  

Ninguém pode imaginar que o pinguço que bebe mais cachaça do que água terá uma saúde de ferro a longo prazo e que o Sex Symbol fitness do Instagram que acorda todos os dias às cinco da matina para correr, seja surpreendido com um hemograma que sai do roteiro: ‘Você vai precisar repetir esse exame’. 

Ninguém é tão esperto ao ponto de achar que ter filhos lhe garantirá uma velhice rodeada com a família na mesa de café da manhã. Os asilos estão abarrotados de super-heróis que foram abandonados pelos seus sucessores. Você pode ter uma família do tamanho do Alaska e ser esquecido com frieza numa casa de repouso, com a desculpa de que será bem tratado. Ou então, você pode ser aquele velhinho que no fundo do túnel encontrará a luz num sobrinho gay que decidiu lhe dar os cuidados merecedores de um pai. 

Uns estão se achando mais do que deveriam porque tudo parece ir conforme o planejado, outros estão presos no meio fio da vida, sem seguir adiante, ou impossibilitados de dar a ré para entrar na vaga. E há aqueles que ficaram para trás, intimidados com a dúvida, incrédulos de que o sol irá nascer novamente. E é pra isso que servem os eclipses na Astrologia. Para nos dar aquele empurrão, tirarmos projetos inacabados da gaveta, reavaliarmos nossas atitudes e escolhas (eu sou realmente feliz onde estou e com quem estou?), para colocarem as pessoas em seus devidos lugares, mostrar que não existe o mocinho e o vilão, o bam bam bam incrível maravilhoso e o passivo vítima do destino. A vida é isso, essa montanha russa de altos e baixos. Esse é o momento de desapegar, encerrar histórias que não nos servem mais, e recomeçar um novo ciclo de coração aberto!   

  
Bruno de Abreu Rangel 

3 comentários:

  1. Gente de Deus, além de muso é escritor. Informação demais ahahahah

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  2. Existe também a questão de Mercúrio retrógado e o posicionamento dos planetas que interferem ainda mais nesse eclipse. Compreendo que abordar detalhadamente deixaria o seu artigo bem científico e perderia o foco da questão comportamental.

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  3. Parabéns Bruno, excelente texto. As pessoas ignoram os ciclos e esses momentos que proporcionam grandes mudanças. Parabéns!!

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